O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes das Dores Souza, de 25 anos, sofreu mais uma derrota na noite desta quinta-feira, ao ter negada a liminar no pedido de habeas corpus apresentado por seu advogado. A decisão afeta também outros seis acusados de envolvimento no sumiço e suposto assassinato de Eliza Samudio, de 25, ex-amante do jogador, que exigia que ele reconhecesse a paternidade do filho dela, de 5 meses.A mulher do atleta, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, de 23, está entre os suspeitos de participação no crime e está presa. Caso a decisão do Tribunal de Justiça fosse favorável a Bruno, a mulher dele e quatro amigos e funcionários do goleiro também seriam beneficiados com a ordem de soltura.
São eles Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que foi preso junto com o jogador; Wemerson Marques, o Coxinha; Flávio Caetano de Araújo, o Flavinho; Elenílson Vitor da Silva; administrador do sítio do atleta; e Sérgio Rosa Sales. Do grupo, apenas Sérgio prestou depoimento em que conta detalhes do crime. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como sendo a pessoa que matou Eliza e sumiu com seu corpo, também foi preso, mas por meio de outra ordem judicial, e por isso não seria favorecido pela liminar.
Os advogados Ércio Quaresma Firpe e Claudineia Carla Calabund entraram com o pedido de habeas corpus na tarde desta quinta-feira, e solicitaram a tutela antecipada (liminar), na tentativa de garantir que seus clientes respondessem ao inquérito policial em liberdade. Apesar da negativa em relação à liminar, o habeas corpus ainda será julgado e pode ter decisão diferente.
O pedido foi distribuído para a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que funciona na Unidade Raja Gabaglia, e analisado pelo desembargador Doorgal Andrada. Um outro pedido de habeas corpus, encaminhado por e-mail ao fórum de Contagem, em favor do goleiro, feito por um policial aposentado, foi arquivado pela juíza Marixa Rodrigues, por não ter como confirmar a identidade do autor.
